Já me disseram, não lembro a ocasião, que a justiça é vendada para que não faça distinção entre os homens, fazendo valer o princípio da isonomia. Isso soa bastante idílico agora. Há pouco mais de um ano, um amigo e ex-colega de escola dirigia seu carro pelo centro da cidade, acompanhado de um amigo. Alcoolizado, atravessou um cruzamento em alta velocidade e acabou atingindo outro carro e uma moto, matando seu amigo e a ocupante da moto. O caso teve muita repercusão na cidade, o motorista foi preso em flagrante e indiciado por duplo homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco da atitude perigosa.
Há poucos dias, aliás, soube que seu advogado já teve três pedidos de Habeas Corpus recusados pela justiça e que agora apela em outras instâncias. Um ano. Sem data definida para o julgamento, que vai a juri popular e sem Habeas Corpus. Por outro lado, há pouco mais de um mês, um jovem, até então Deputado Estadual, dirigindo em alta velocidade com a sua habilitação suspensa por ter alcançado 130 pontos em infrações, alcoolizado com 4 vezes a quantidade de álcool no sangue permitida por lei, atravessa outro cruzamento e mata violentamente outros dois jovens que nada tinham com sua irresponsabilidade.
A história se repete. Ou nem tanto. O ex-deputado também foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual. Mas agora leio na Gazeta do Povo que "o indiciamento não significa necessariamente que o suspeito será preso". E de fato ainda não foi. Leio também, com vergonha confessa, sobre o depoimento do ex-deputado e de sua aparente falta de memória sobre o dia do acidente (eu também não gostaria de lembrar).
Muita água ainda vai rolar, enfim, e termino o texto com essa sensação de que a justiça não será feita como se esperava. Fico também com a sensação de que, em breve, poderei contar com a representação do deputado, mais uma vez, na câmara, como se nada tivesse acontecido. Vamos continuar aceitando tudo isso como normal, votando nas mesmas pessoas e sofrendo as consequências. Afinal, no país da impunidade, já roubaram a venda da justiça e a colocaram sobre nossos próprios olhos.
Há poucos dias, aliás, soube que seu advogado já teve três pedidos de Habeas Corpus recusados pela justiça e que agora apela em outras instâncias. Um ano. Sem data definida para o julgamento, que vai a juri popular e sem Habeas Corpus. Por outro lado, há pouco mais de um mês, um jovem, até então Deputado Estadual, dirigindo em alta velocidade com a sua habilitação suspensa por ter alcançado 130 pontos em infrações, alcoolizado com 4 vezes a quantidade de álcool no sangue permitida por lei, atravessa outro cruzamento e mata violentamente outros dois jovens que nada tinham com sua irresponsabilidade.
A história se repete. Ou nem tanto. O ex-deputado também foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual. Mas agora leio na Gazeta do Povo que "o indiciamento não significa necessariamente que o suspeito será preso". E de fato ainda não foi. Leio também, com vergonha confessa, sobre o depoimento do ex-deputado e de sua aparente falta de memória sobre o dia do acidente (eu também não gostaria de lembrar).
Muita água ainda vai rolar, enfim, e termino o texto com essa sensação de que a justiça não será feita como se esperava. Fico também com a sensação de que, em breve, poderei contar com a representação do deputado, mais uma vez, na câmara, como se nada tivesse acontecido. Vamos continuar aceitando tudo isso como normal, votando nas mesmas pessoas e sofrendo as consequências. Afinal, no país da impunidade, já roubaram a venda da justiça e a colocaram sobre nossos próprios olhos.
3 comentários:
Realmente, vc tem muita razão Daniel... Houve um herói (não me lembro qual) que falou que a justiça é cega, mas enxerga no escuro; porém eu não acredito... se ela não enxerga nem de dia, imagina na madrugada...
A ironia é que vivemos esperando dias que não chegam, como se vivessemos nessa eterna madrugada.
Obrigado pela visita, professor.
Senti-me honrado! =)
É! Estes dois casos refletem apenas um exemplo do que ocorre desde sempre. Como diz aquela canção: todos iguais, todos iguais, mas uns mais iguais que os outros.
Até mais!
:)
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